Enfermagem de Reabilitação na recuperação funcional da pessoa com lesão medular: Relato de caso

Inês Margarida Oliveira Agostinho; Ricardo Cunha

doi:10.33194/rper.2024.35645

Autores

Inês Margarida Oliveira Agostinho Unidade Local de Saúde Lisboa Ocidental E.P.E. https://orcid.org/0000-0002-9570-3926
Ricardo Cunha centro hospitalar de lisboa ocidental https://orcid.org/0009-0006-2981-0834

DOI:

https://doi.org/10.33194/rper.2024.35645

Palavras-chave:

enfermagem de reabilitação, Lesões da Medula Espinhal, Estado Funcional, Relatos de Casos

Resumo

Introdução: A lesão medular afeta milhões de pessoas, comprometendo a função motora e sensorial. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação desempenha um papel fundamental na transição da pessoa da independência para uma dependência total ou moderada.

Metodologia: Foi realizado um estudo de caso clínico no período de junho a julho 2023, centrado numa pessoa com recuperação motora clinicamente improvável. Um programa de reabilitação funcional motora foi implementado, monitorizando-se a evolução através de instrumentos de avaliação validados para a área da especialidade.

Resultados: O Índice de Barthel evoluiu de um grau de dependência elevado para moderado; na Medida de Independência Funcional, a independência motora aumentou de 15 para 52. A pessoa adquiriu equilíbrio estático e dinâmico sentado, com melhorias na força muscular dos membros inferiores.

Discussão: Apesar dos dados iniciais sugerirem uma incapacidade na recuperação motora, observou-se uma melhoria considerável, especialmente a nível proximal. Houve também progresso no autocuidado e na capacidade se transferir com material de apoio para a cadeira de rodas e independência na mobilidade em cadeira de rodas. Limitações no estudo incluíram recursos limitados e exclusão de alguns focos como eliminação intestinal e vesical.

Conclusão: Uma intervenção sistemática de enfermagem de reabilitação pode resultar em ganhos significativos em saúde, promovendo a adaptação da pessoa à sua nova condição e autonomia no quotidiano, incluindo a reversão de défices motores.

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