Reabilitação em Enfermagem Processos de Inclusão e Acessibilidade: Instrumento de avaliação para enfermeiros de reabilitação

Rute Salomé Silva Pereira; Maria Manuela Martins; Wiliam César Alves Machado; Marisa Lourenço; Vanessa Vianna Cruz; Caroline Porcelis Vargas

doi:10.33194/rper.2024.412

Autores

Rute Salomé Silva Pereira ICBAS-UP/ IPO - Porto/ ESEP, Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0002-4468-0787
Maria Manuela Martins Center for Health Technologies and Services Research, Porto, Portugal
Wiliam César Alves Machado Universidade Federal do Rio de Janeiro , Rio de Janeiro, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4325-7143
Marisa Lourenço Escola Superior de Enfermagem do Porto , Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0001-5953-788X
Vanessa Vianna Cruz Universidade Federal do Rio de Janeiro , Rio de Janeiro, Brasil https://orcid.org/0000-0003-3564-0457
Caroline Porcelis Vargas Universidade Federal de Santa Catarina , Florianópolis, Brasil https://orcid.org/0000-0002-9904-0816

DOI:

https://doi.org/10.33194/rper.2024.412

Palavras-chave:

Inclusão Social, Acessibilidade Arquitetónica, Enfermagem em Reabilitação, Cuidados de Enfermagem, Pessoas com Deficiência, Estudos de Validação

Resumo

Introdução: A acessibilidade é fundamental para a inclusão da pessoa com deficiência física adquirida (PcDefA), exigindo ferramentas específicas para avaliar os cuidados de enfermagem relevantes neste âmbito. Este estudo visa descrever as atividades consensuais dos enfermeiros de reabilitação na promoção da acessibilidade, e contribuir validação de um instrumento de avaliação das intervenções de enfermagem.

Metodologia: Estudo metodológico baseado nas competências do enfermeiro de reabilitação e, no Modelo de Enfermagem de Roper, Logan e Tierney, contando com a participação de 81 peritos.

Resultados: O instrumento desenvolvido consiste em 33 itens distribuídos por três dimensões: Avaliação inicial (10 itens), Planeamento/Execução (18 itens) e Avaliação final (5 itens) apresentando uma consistência interna, medida pelo coeficiente alfa de Cronbach, de 0,968. Destaca-se que, os enfermeiros avaliam as condições de acessibilidade, mas há lacunas nesta avaliação em espaços culturais, lazer, trabalho e educacionais. Acresce a necessidade de informação sobre serviços e apoios disponíveis, e encaminhamento para desporto adaptado. Por este motivo alguns itens não apresentaram um índice de validade de conteúdo (IVC) superior a 80%.

Discussão: Apesar de alguns itens não terem obtido um IVC superior a 80%, de acordo com o enquadramento teórico e profissional, decidimos manter os 33 itens no instrumento final dado que revela uma necessidade de melhorar a prática dos enfermeiros de reabilitação na área da inclusão e acessibilidade.

Conclusão: O instrumento final demonstrou ser uma ferramenta útil para avaliar os cuidados dos enfermeiros de reabilitação para a acessibilidade e inclusão social da PcDefA.

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