Prevalência de lesões músculo-esqueléticas nos enfermeiros de um hospital da região centro de Portugal

Paula Gonçalves; Graça Camarneiro; Marisa Rodrigues; Liliana Escada Ribeiro; Fernando Petronilho

doi:10.33194/rper.2025.39834

Autores

Paula Gonçalves Unidade Local de Saúde Coimbra, Coimbra, Portugal https://orcid.org/0009-0009-0791-3455
Graça Camarneiro Unidade Local de Saúde Coimbra, Coimbra, Portugal https://orcid.org/0009-0007-1297-5891
Marisa Rodrigues Unidade Local de Saúde Coimbra, Coimbra, Portugal https://orcid.org/0009-0009-3306-3167
Liliana Escada Unidade Local de Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal https://orcid.org/0000-0003-3798-347X
Fernando Petronilho Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho, Braga, Portugal https://orcid.org/0000-0002-3903-9100

DOI:

https://doi.org/10.33194/rper.2025.39834

Palavras-chave:

Enfermeiros, Dor músculo-esquelética, Transtornos traumáticos cumulativos

Resumo

Introdução: As Lesões Músculo-esqueléticas Relacionadas com o Trabalho (LMERT) são uma das principais causas de absentismo e incapacidade laboral, sendo um problema que afeta a saúde dos enfermeiros.

Objetivo: Identificar a prevalência de sintomas musculoesqueléticos nos enfermeiros de um hospital da região centro de Portugal.

Metodologia: Estudo descritivo de natureza quantitativa, transversal, realizado através de amostra de conveniência. Na recolha dos dados foi aplicado o Questionário Nórdico Músculo-Esquelético durante o primeiro trimestre de 2023. O tratamento e análise dos dados foi realizado com recurso ao SPSS, versão 28 (p< 0,05) ssegurados os pressupostos éticos.

Resultados: Obtiveram-se 837 respostas correspondendo a 26,1% da população, com média de idades de 43,8 +-10,23. Verificámos uma prevalência elevada de sintomas, com enfase na região lombar (77,5% nos últimos 12 meses, 49,6% nos últimos 7 dias) e 55% com limitações nas atividades nos últimos 12 meses. Nos últimos 7 dias, 55,7% dos participantes referiram intensidade da dor média de 3,95 ±1,88. Encontradas associações estatisticamente significativas entre prevalência de sintomas por localização anatómica nos últimos 12 meses e: i) idade; ii) tempo de atividade profissional; iii) atividades de enfermagem/posturas corporais adotadas durante o turno.

Conclusão: Os resultados vão ao encontro de diversos estudos realizados em contexto nacional e internacional, revelando uma prevalência elevada de sintomas músculo-esqueléticos nos enfermeiros, com impacto negativo na sua saúde e qualidade de vida, bem como na sustentabilidade do sistema nacional de saúde. Enfatiza-se, deste modo, a necessidade de desenvolver, implementar e avaliar programas de prevenção de LMERT para minimização do problema.

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